No fim, quando a pandemia acabar…
– talvez sejamos capazes de compreender
que o melhor para todos e cada um, é sermos mais humanos;
que dependemos mais uns dos outros do que pensamos;
que as lógicas egoístas não nos salvam e podem deitar a perder o esforço de muitos;
que a defesa e a promoção da vida humana, bem maior de uma comunidade, é missão nobre da política;
que o princípio do bem comum permite defender a vida de todos, sem deixar ninguém para trás;
que a dignidade do ser humano é igual em todos os indivíduos;
que desistir de um ser humano, qualquer que ele seja, é desistir de uma parte de nós mesmos;
que lutar pela vida de alguém ou de alguns, dá sentido à minha, às nossas vidas;
que uma nova oportunidade está a nascer na história da humanidade;
que se mobilizaram, desta vez, mais meios para salvar vidas do que para as destruir;
que o meio ambiente é nosso aliado, se para tanto o deixarmos;
que a ciência e tecnologia podem ser expressão maior da solidariedade humana;
que a harmonia social é possível: tal como a pandemia, também a construção de um mundo melhor nos pode unir;
que os mais vulneráveis, não os interesses de grupos, devem definir as prioridades de uma comunidade;
que nos hospitais e centros de investigação científica se está a escrever uma das mais belas e dramáticas páginas da história recente;
que há heróis ao nosso lado, feitos de resistência e entrega, inteligência e criatividade, dedicação e compaixão sem limites;
que nos lares e casas de idosos se sofre para além do imaginável, na impotência, no isolamento e no medo…
Até chegar esse dia…
– nos limites do possível, somos todos cuidadores da vida uns dos outros,
rompendo a solidão que mata, dos mais novos aos mais velhos,
levando o conforto da amizade e a consolação da esperança;
inspirando confiança e ajudando a suportar a incerteza dos dias que atravessamos.
Vamos iniciar o Advento que nos prepara para o Natal de Jesus!
É Ele que, em tempos de pandemia, nos convida a acolhê-Lo na paz e na alegria.
Sejamos seus mensageiros!
P. Armindo Janeiro
Obrigado pela mensagem.
Bom domingo.
Luis
Obrigado P. Armindo Janeiro. Pela tão bela mensagem, que nos pode ajudar a preparar melhor para o grande Dia. Um grande abraço, com votos de boa saúde.
Domingos Lopes
Saudações Franciscanas de Paz e Bem
Este belo texto do Padre Armindo Janeiro lembra-nos como podemos, mesmo à distância e confinados, sentir os outros. Com a pandemia reaprendemos a fazer muitas coisas, a mudar muitos dos nossos hábitos. Começamos a caminhar para o Natal que é fonte de Paz, de Vida e de Esperança.
Abraço amigo e fraterno
Alfredo