Fragilizados por uma pandemia sem fim à vista, vivemos dias de incerteza, agravados, em tantos casos, pela solidão e o medo…
Na travessia deste deserto desolador, somos chamados a reinventar os nossos gestos de proximidade para fazer chegar, com simplicidade e discrição, o conforto de uma presença amiga e solidária a quem dela precise.
Também nestes dias se vive, na Igreja Católica, um processo sinodal inédito, lançado pelo Papa Francisco, que visa recolher o sentir de todos seus membros e outras pessoas de boa vontade sobre a sua vida e missão.
Com esta iniciativa, a Igreja Católica entrou em revisão de vida, para avaliar as suas práticas à luz do Evangelho. Os dez núcleos temáticos da consulta incentivam o acolhimento (1), promovem a escuta (2) e defendem uma comunicação livre e autêntica (3); apelam à participação activa dos fiéis nas celebrações (4) e na missão da Igreja (5); estimulam o diálogo dentro da Igreja, com a sociedade (6) e com as outras confissões cristãs (7); propõem a corresponsabilidade (8) e processos de discernimento eclesiais na tomada de decisões (9) para que todos possamos “caminhar juntos” (10).
Neste Natal, como em todos os outros, por entre «luzes e sombras», próprias da marcha da história, indisponível ao nosso controlo, somos visitados por uma «Luz terna e suave» que brilha para nós num rosto de criança – promessa de Deus, fiável e confiável – e que a todos quer atrair e alegrar com sentimentos de ternura e misericórdia, paz e amor.
Que a alegria de Sua Mãe inunde os nossos corações, tal como a experimentou Isabel, sua prima, e nos leve a partilhá-la no nosso quotidiano, pois o nome de Jesus quer dizer «Deus salva», e a Sua presença entre nós, é fonte de esperança para todos!
Votos de Santo Natal e Feliz Ano Novo.
P. Armindo Janeiro