[:pt]Está prestes a chegar o tempo em que se iniciará a exposição que a ASSASB (Associação dos Antigos Alunos dos Seminários de Braga), inserida no âmbito da celebração do 90º aniversário da fundação do Seminário de Nossa Senhora da Conceição, programou num quadro alargado de atividades/eventos tendo como principais agentes todos os antigos alunos daquele Seminário (aproximadamente 8.600, desde a sua fundação), valorizando e promovendo as manifestações da arte, mormente a pintura, escultura e artes plásticas.
Essa exposição está também a ser patrocinada pela UASP, envolvendo-se assim na iniciativa todas as Associações dos Antigos Alunos dos Seminários Portuguesas.
A iniciativa tem vindo a ser divulgada pela UASP, mas também pelas diversas associações, mais no sentido de evento e menos quanto à mensagem e objetivos visados.
Para isso nada melhor do que dar voz à organização, designadamente ao Dr. Manuel Domingos, a quem colocamos algumas questões. Não será fácil a reprodução em poucas linhas de todo o manancial de informação e ideias que o mesmo nos transmitiu durante uma conversa de mais de uma hora.
Em concreto formulamos as seguintes questões:
- Que mensagem concreta se procura?
O conceito de sacerdote aos olhos de potenciais candidatos é muito limitado e confunde-se apenas com obrigações de carácter religioso e pouco aberto a outras valências dos indivíduos. Mas o sacerdócio não é apenas isso, é também um campo de desenvolvimento de outras competências no campo das artes, incutindo a ideia de que, para além das suas obrigações intrínsecas, o sacerdote tem ainda tempo para dar largas à sua criatividade. Sobretudo em freguesias mais isoladas temos verificado que os padres, sem que o reconheçam de imediato, são depósito de inúmeras obras de arte, autênticos mananciais de arte. Pretende-se que os padres, sobretudo os mais novos e os candidatos, não se acomodem em ideias preconcebidas, sendo também uma referência para a criatividade.
- Que objetivos se visam?
Pretende-se valorizar a capacidade de todos na relação com a arte como instrumento privilegiado ao serviço da evangelização, mas não só para padres, também para leigos.
- Como tem decorrido a preparação da exposição?
Com normalidade. Dentro da comunidade dos antigos alunos dos seminários de Braga não tem sido difícil encontrar pessoas com obras de arte de todo o tipo, designadamente nas artes plásticas, ainda que nem todos reconheçam o seu valor, talvez por modéstia. Mas ainda não conhece se haverá ou não obras de antigos alunos de outras associações, até porque decorre ainda o prazo, mas está convicto de que aparecerão no momento próprio. Tem a perceção de que nos seminários religiosos as apetências para as artes seria até superior à dos diocesanos, pelo que espera que também estes venham a expor algumas obras.
- Quando aceitou o desafio da organização imaginou o tipo de dificuldades que surgiriam?
As dificuldades são para vencer! Temos organizado vários eventos e sempre as vencemos. Tratando-se de iniciativa de antigos alunos a decorrer no seminário menor (da Tamanca como era conhecido ou de Nª Srª da Conceição) é natural que a Diocese comparticipe de alguma forma. Quando se deu a conhecer o programa a D. Jorge Ortiga este referiu que poderia apoiar mas que não se esbanjasse! E não esbanjamos, nem sequer necessitaremos de comparticipação financeira, basta-nos a logística. Mesmo no âmbito de dificuldades iremos publicar um catálogo com as obras em exposição. É que são muitas as valências dos antigos alunos que nos permitem realizar com qualidade e baixo custo.
Finalmente apelou para a participação de outras associações e que o façam rapidamente até para dar tempo à elaboração do catálogo, tendo em conta que a exposição terá o seu início em Novembro prolongando-se depois até Dezembro.
Américo Vinhais
Gabinete de Comunicação
[:]