[:pt]Para avaliar, discutir e aprovar as ações que a UASP (União das Associações dos Antigos Alunos dos Seminários Portugueses) realizou durante o seu exercício de 2018, a sua Direção convocou as Associadas para que, no dia 23 do corrente mês de Março, às dez horas, na cidade de Leiria, no Convento de S. Francisco da Portela, o fizessem em tranquilidade sob os olhares de umas paredes que tanta Paz irradiam e tanto ouviram ensinar a fazer o Bem, o lema de vida de todas as comunidades que tentam imitar S. Francisco.
Mas em 1834 a comunidade então ali residente, bem como todas as outras comunidades religiosas verificaram que têm muito trabalho pela frente, pois é muita a gente que não quer Paz, nem tão pouco sabe fazer o Bem. A política extinguiu-a por má compreensão daqueles valores, digamos que foi extinta maldosamente, por quem lida mal com o altruísmo. Contudo, como habitualmente o lema dos seguidores de S. Francisco, resistiu bem por estas terras lusas e poucas dezenas de anos depois, em 1860, como que desafiando a iníqua legislação de 1834 ainda vigente, a Ordem do Tau instalava-se de novo em Varatojo, no concelho de Torres Vedras, com alguns frades egressos, de onde irradiou para outras paragens, através dos formados no seminário entretanto ali renascido.
Na sequência da reinstalação noutros locais, também os franciscanos regressaram a Leiria em 1902, precisamente ao local onde a UASP reuniu no passado sábado, para fundar novo convento.
Contudo, mais uma vez, em 1910, o mal investiu sobre a Ordem através dos seguidores e fundadores da atual república, nacionalizando o edifício e transformando-o em prisão política, inicialmente, e em asilo, posteriormente, até que, através das normas emanantes da Concordata estabelecida entre a Santa Sé e o Estado Novo, celebrada em 1940, o edifício foi restituído à posse de quem de direito e aí se têm mantido perseguindo sempre o seu grande objectivo: Paz e Bem.
Já depois de devidamente entrosados pelas boas vindas e esclarecimentos que o Frei José Pinto prestou sobre a casa, também as Associadas presentes, quase o pleno das suas integrantes, constataram quanto bem feitas e cristalinas estavam as contas apresentadas pela Direção, que até as aprovaram por unanimidade, o que também aconteceu com o Plano de Atividades do ano de 2018 que foi cumprido com rigor conventual.
Nesse dia, pouco convidativo para reuniões intra-muros, para aliviar a mente, projetou-se então o que poderia ser a jornada cultural de verão, adiantando-se as Associações dos Combonianos através do seu presidente da Direção António Pinheiro e a dos Carmelitas da Antiga Observância também através do seu presidente, que delinearam com contornos detalhados as suas propostas. A dos Combonianos por terras de Guimarães e Vale do Ave e a dos Carmelitas pela área metropolitana do Porto, com forte incidência nas fantásticas paisagens das terras de Arouca e da sua história, mas também navegando Douro acima e Douro abaixo, passando pelas entranhas da terra numa das mais prestigiadas caves da “Antiga, Mui nobre, Sempre Leal e Invicta cidade do Porto”.
Não foi fácil tombar para um dos lados e as duas propostas emergiram da salutar contenda empatadas, tendo recaído sobre os Carmelitas a responsabilidade da organização em 2019 e sobre os Combonianos idêntica honra para 2020.
O presidente da Direção o Rev. Padre Armindo, revelou de seguida que está em estudo nova etapa, a VI, do projeto “Por Mares Dantes Navegados”, por terras de Inhambane, em Moçambique, estando ainda em curso a V etapa, mais concretamente a segunda fase da V etapa, desenhada para Angola no próximo verão, de que falou entusiasmado o Matias, que tem por aquelas gentes grande apreço como o demonstrou através das suas crónicas descritivas do primeiro grupo que ali se deslocou e que ele próprio integrou. Vale a pena relê-las em www.uasp.pt.
Obrigado aos Franciscanos pela magnifica vivência que nos proporcionaram.
Américo Vinhais, Gabinete de Comunicação