“In illo tempore” a quadracarnavalesca no Seminário de Coimbra incluía a “Adoração das 40 horas”. Assim, ao longo de 40 horas consecutivas, o Santíssimo, exposto na Igreja do Seminário, tinha uma “guarda de honra”. Os sucessivos turnos dos alunos sucediam-se dia e noite em ambiente de adoração e recolhimento.As noites porém eram longas e as madrugadas custavam a chegar. Há já algum tempo a ideia andava a fervilhar, mas ainda não tinha surgido a ocasião mais
Ler MaisNa Gândara (Figueira da Foz) dos anos cinquenta, casar era um ‘rito de passagem’ da maior importância comunitária que, finalmente, conferia ao ‘rapaz’ o pleno estatuto de ‘homem’! Normalmente combinado durante uma ceia, para o efeito ajustada em casa de um dos casais de ‘parceiros’, o casamento era marcado – com cerca de um ano de antecedência – para um sábado dos meses de inverno. Em tal época, todas as colheitas estavam feitas, engordado o carneiro
Ler MaisO Papa Francisco determinou que o ano de 2021 fosse o Ano de São José e, cumulativamente, da Família, devido à ocorrência dos 150 anos da proclamação de São José como Padroeiro Universal da Igreja (Papa Pio IX). Recordo também que o Papa Pio XII instituiu a festa de São José Operário, em 1955, a celebrar no dia 1 de Maio (dia do trabalhador instituído pela Internacional Socialista em 1889). Conhecemos muito pouco da vida de
Ler Mais– Chegou o dia em que, finalmente, vou poder fazer aquilo que gosto! – Exclamava jubilosamente o funcionário, na sua pose anafada e balofa, que os excessos acumulados no desfiar dos dias proporcionaram, ainda mais vaidoso que o habitual, após receber a notificação de que chegou a ansiada aposentação. O contínuo, termo hoje em desuso, substituído pela modernista designação de “auxiliar administrativo” neste afã de apagar as tradições, mas cujo conteúdo funcional nada mudou, sempre bajulador
Ler MaisNão é de agora…, somos um pouco assim, temos dificuldade em enfrentar a realidade: mais facilmente pensamos em impor-lhe as nossas pretensões e deslumbramentos do que aceitamos seguir realisticamente as possibilidades que ela nos oferece. Mas a produção de uma realidade alternativa tem limites e quando eles são desconsiderados e negados, pagamos todos e pagamos caro, a começar pelos mais frágeis! Nestes dias, diariamente, as vítimas são às centenas… E valem pouco ou nada as palavras
Ler MaisComo reagir à crise? No discurso de 22 de Dezembro à Cúria Romana, o Papa Francisco dá-nos pistas seguras de como reagir à presente crise, que não é só sanitária, mas económica, social e até eclesial. Antes de mais, distingue entre crise e conflito, pois que a crise, geralmente, tem uma saída positiva. O conflito cria sempre um contraste, uma competição, um antagonismo aparentemente sem solução entre sujeitos divididos em amigos a amar e inimigos a
Ler MaisAo reler o Programa dos Seminários Arquidiocesanos de Braga do ano letivo 1966/67 com a capa alusiva ao cinquentenário das Aparições de Fátima, levou-me a escrever mais este texto sobre uma instituição que jamais esquecerei por tudo aquilo que nela adquiri. Foi uma das dádivas mais preciosas que auferi durante toda a minha vida, porque me abriu horizontes que me têm guiado neste meu caminhar. Quando se entra no seminário, o principal objetivo é amadurecer a
Ler Mais“(…) No meio destas vicissitudes que ninguém quer, que caminhos nos aponta Deus para convertermos estes tempos de depressão e ameaça em oportunidade de crescimento e amadurecimento? Como podemos viver estes tempos de desolação e distância de modo a aprofundarmos os laços, a consolidarmos a comunhão e a fazermos da ausência física um lugar de aproximação e confirmação de afetos? Nunca, como nestes tempos, tivemos tanta oportunidade de aprofundar a interioridade, até porque a exteriorização fácil
Ler Mais«Não podemos continuar do mesmo modo» É uma das ideias básicas da Mensagem do Papa Francisco aos jovens participantes no Encontro virtual ‘A Economia de Francisco – Os jovens, um pacto para o futuro». São os jovens quem melhor podem identificar as questões cruciais que nos interpelam no campo da economia e da ecologia. Na base, está a preocupação com a casa: ‘oikos’ e o governo da mesma – «nómos’ /lei, ou seja, como garantir que
Ler MaisUma grave pandemia atingiu de surpresa todos os continentes neste ano de 2020! Qual emboscada traiçoeira e letal que o inimigo, em tempo de guerra, apanha as nossas “tropas” desprevenidas… E foi assim que o mundo parou, obrigando-nos a reinventar os nossos hábitos! Mas, como escreve D. José Tolentino Mendonça “… é a hora em que podemos reaprender tantas coisas. Reaprender estar nas nossas casas, mas também sentir quem depende de nós”. Neste mesmo ano, em
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