“Continuamos a fazer caminho quaresmal. Este tempo, quando bem vivido, traz-nos a possibilidade de descobrir a liberdade de Deus. Páscoa é passagem. A travessia da escravidão para o respiro de liberdade. Mas, agora, somos envolvidos por outras escravidões: o cansaço de tanta informação, os medos provocados por poderes desajustados de humanidade, a solidão em crescendo. Em tudo, pode haver a sensação de desespero. É aí que devemos parar (e, se necessário, pedir ajuda). Como rebentos de primavera, deixar que seja a esperança de algo novo a apontar caminho. Mas, como? Usando bem os meios humanos e tecnológicos, permitir que seja Ele o verdadeiro comunicador do Amor.
Para uma boa comunicação, precisamos de silêncio. Este, na oração, deve ser porta para o grito quaresmal: Senhor, aqui estou! Tenho-me afastado de ti, tenho tirado o foco do teu olhar. Mas em mim reside, ainda que ténue, a tua luz. Ajuda-me a perceber e a libertar-me do que me impede de amar. Desde aí, continuar a abrir as portas à vida divina, sabendo que o coração de Deus está sempre disponível para a reconciliação.” (Continua)
Editorial (Texto de P. Paulo Duarte, sj, retirado da Rede Mundial de Oração do Papa)
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Santa Páscoa
