Hoje acordei cedo
com medo que o dia
não rompesse
e o Sol nascesse infectado!
Ando de lado para lado,
passo a passo,
à procura do teu abraço.
Corro as ruas da cidade,
os campos da aldeia,
com a ideia e a vontade
de te encontrar,
e o desejo de te abraçar
em liberdade;
mas neste desencontro
não te encontro,
não te vejo!
Pergunto, Senhor,
porquê esta dor enorme
que tanto nos consome?!
Porquê o amigo distante
e fechado,
o povo doente
e calado
o trabalhador desempregado;
o céu adormecido,
o nosso rosto escondido,
sem me despedir
do irmão que vai partir?!
E… oiço, na dor,
a gente que diz:
“Não sabia, Senhor,
como era feliz”!!
20 de Julho de 2020
Alfredo Monteiro, antigo aluno franciscano
A sensibilidade é virtude e mérito dos predestinados. O Alfredo faz sentir que tudo o que nos rodeia é fruto do CRIADOR… até o sofrimento causado por “vermes” insignificantes como o “Corona” que nos tem atormentado. Discorrer com a qualidade poética com que o Alfredo nos brinda, faz-nos recordar a frágil condição humana… um abraço e parabéns!